Tem coisa que só sai da gente por escrito...
Com sinceridade, nunca tive grande habilidade em expressar meus pensamentos de forma verbal. Tenho uma tendência a falar com muita rapidez, independentemente da situação, a ponto de meu irmão afirmar que meus áudios são os únicos que ele não consegue acelerar. Essa mesma observação foi feita por Luiza, minha sócia. Dado que ambos são ouvintes frequentes, acabei aceitando isso como uma verdade.
Em situações de nervosismo, esse problema se intensifica, tornando difícil acompanhar a primeira frase que eu disse. Vale mencionar que, por ser mineira, tenho uma tendência inata de dizer as palavras de forma picada. Sim, mineiro come letra com queijo e café e eu acho isso um charme.
Para completar, tenho uma habilidade peculiar para mesclar tópicos diversos em uma única conversa, criando quase um dialeto próprio. Em algumas ocasiões, durante as sessões de terapia, percebo que misturei tantos assuntos que me perco. Felizmente, minha terapeuta, após sete anos de convivência, desenvolveu a capacidade de desemaranhar meus discursos e encontrar pontos de conexão. Isso é, sem dúvida, um alívio.
Logo, por motivos óbvios, minha preferência recai sobre a escrita. É nas linhas que posso articular cada detalhe e sentimento sem a afobação do cérebro que pensa rápido demais. Em algumas vezes, escrever é quase um rito, em outras, sai tudo meio corrido, no meio do almoço mesmo, para não perder o tempo das palavras. Tenho dezenas de diários que podem comprovar isso. Se você já viveu alguma situação comigo, pode ter absoluta certeza de que em alguma das centenas de páginas dos meus cadernos está descrito o seu papel na minha vida.
Um telefonema, uma mensagem, uma conversa no trabalho, uma ida a um museu, o metrô, tudo pode virar um texto como este, que será publicado ou não. Mas isso não importa; ao invés de sair esbravejando por aí, eu escrevo (nem sempre, às vezes eu esbravejo primeiro e escrevo depois).
Escrever, para mim, é muito mais do que colocar palavras no papel. Escrever significa dar voz a sentimentos que muitas vezes querem e precisam transbordar. Sentimentos transbordados se transformam em livros, ou newsletters.
Se você também é assim, quero te contar que o projeto Sons da Escrita agora faz parte da Marisco Edições. Juntando o que a gente sabe e gosta de fazer, resolvemos atender a inúmeros pedidos de socorro sobre "como eu coloco meu livro no mundo" e estamos lançando não só aulas e cursos, mas também outras novidades. Claro que vocês que assinam aqui saberão em primeiro mão.
Fica ligada porque em outubro teremos um encontro gratuito com as autoras de "Pequenas histórias, grandes Aventuras" para falarmos sobre editais de fomento para a publicação de livros. Clara e Amanda publicaram recentemente pelo PROAC e vão falar sobre sua experiência para ajudar quem está se preparando para submeter um projeto ou quem está curioso para saber como funciona o mundo dos editais.
Já salve a data: 17 de outubro às 19 horas. O link para a participação será enviado para quem se inscrever aqui!
E, em novembro, teremos uma aula com a Lorena Portela sobre publicações independentes. Lore é autora do maravilhoso "Primeiro eu tive que morrer" e está com seu segundo livro já no forninho. Para se inscrever, basta clicar neste link. Vamos conversar sobre como foram os processos iniciais e os caminhos que ela percorreu até chegar nas maiores livrarias do país. Vai ser incrível. Bora?
Dia das crianças tá aí e a Marisco Edições, vulgo minha editora e da Lu, está com 30% de desconto nos títulos infantis. Bora estimular a leitura dos pequenos? Ainda dá tempo!
O nosso mais novo lançamento é o livro infantil “Pequenas aventuras e Grandes histórias”, clica aqui para saber mais.
Cheio de rimas, repetições e elementos da cultura brasileira, Grandes aventuras e pequenas histórias é uma coletânea de 8 contos infantis e inspirados. Pegando carona em casos reais, as autoras criaram personagens e enredos fantásticos para abordar questões de vida e de família comuns no dia a dia da criança: o medo de se afastar da mãe, a dificuldade de fazer amigos, a separação dos pais, as diferenças, os processos de transformação, adaptação e superação. São histórias “de cura” que dão ao pequeno leitor – ao se identificar com o protagonista – a chance de perceber realidades distintas, reconhecer suas emoções e conflitos internos, desenvolver o sentimento de alteridade e empatia e, então, os mecanismos para lidar com tantas descobertas.
Por hoje é só. Obrigada pela leitura! 💌
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